ORÇAMENTO PARTICIPATIVO EM CIDADES

E se você pudesse decidir onde o dinheiro da sua cidade será investido?

Cássio Wilborn

7/11/20253 min read

🏙️ E se você pudesse decidir onde o dinheiro da sua cidade será investido?

Você já parou para pensar em quem decide onde o dinheiro da sua cidade vai parar?
Quais critérios são utilizados (se utilizados)?

Será que é possível a população participar dessas escolhas?
E se você pudesse opinar sobre onde investir mais recursos, por exemplo: saúde, educação, infraestrutura, cultura, lazer?

Pois bem, essa possibilidade existe e tem nome: Orçamento Participativo.

📌 O que é o Orçamento Participativo?

O Orçamento Participativo (OP) é uma ferramenta que permite aos cidadãos participarem ativamente das decisões sobre onde e como aplicar parte dos recursos públicos do município.

Em vez de todo o orçamento ser definido apenas por técnicos e gestores, ou muitas vezes, por interesses políticos, uma parte dele é reservado para que a população proponha ideias e vote nas prioridades. Essa prática aproxima o governo das pessoas e fortalece a democracia.

Sabemos como funciona o sistema brasileiro e quanto algumas desições possuem interesses distintos do benefício para a cidade. Ainda assim, é necessário acreditar em meios para que isso migre para um cenário onde a cidade é prioridade.

O Orçamento Participativo pode ser uma caminho para isso.

💡 Como funciona na prática?

O melhor cenário seria a Prefeitura Municipal organizar encontros em bairros, junto com as comunidades, ou então disponibilizar plataformas digitais para participação online. Nesses espaços, os moradores podem:

Apresentar propostas de melhorias;

Debater ideias com outros cidadãos;

Votar nas propostas mais importantes para sua cidade.

As propostas mais votadas entram no orçamento público e passam para o processo de organização e planejamento da execução.

⚠️ Mas nem tudo pode ser decidido assim…

É importante entender que nem todo recurso público pode ser decidido pela população.

Algumas decisões envolvem critérios técnicos, legais ou estratégicos, que nem sempre são visíveis ou populares no curto prazo.

Por exemplo:
-> A manutenção de redes de esgoto;
-> A modernização da iluminação pública;
-> O pagamento de servidores;
-> Reformas estruturais que previnem problemas futuros.

Esses investimentos nem sempre são percebidos diretamente pelas pessoas, mas são essenciais para o funcionamento da cidade.

Por isso, o Orçamento Participativo não substitui a responsabilidade da gestão pública — ele complementa, como uma bússola que aponta para aquilo que a população considera mais importante para a sua realidade no momento.

🤝 Uma cidade feita com as pessoas

Quando a população é ouvida, o poder público ganha um norte mais legítimo para agir.

O Orçamento Participativo fortalece a transparência, a confiança nas instituições e cria senso de pertencimento entre o cidadão e a cidade.

Imagine viver em uma cidade onde:
-> A praça do seu bairro foi construída porque vocês decidiram juntos;
-> O asfalto chegou primeiro na rua onde a comunidade mais precisava;
-> A reforma da escola aconteceu porque foi prioridade para os pais e alunos

Em minha opinião, esse assunto ainda pode parecer um tanto quanto utópico, ainda mais diante da realidade que vivemos em nosso país. Entretanto, acredito que estratégias para o desenvolvimento da cidade sempre devem ser levantadas.

O Orçamento Participativo não precisa ser uma transformação imediata na gestão de uma cidade, ele pode ser inserido de forma parcial. 

Por exemplo: Imagine que, em sua cidade, a Gestão Municipal decida reservar 50 mil reais do seu caixa livre para investir na cidade. A probabilidade de investir no local que melhor atenderá a população aumentará muito ao consultar a própria população. Para tornar essa consulta ainda mais inclusiva, a melhor solução é a estratégia do Orçamento Participativo.

🌱 E na sua cidade?

Será que o seu município já tem um modelo de orçamento participativo?
Se não tem, por que não levantar essa bandeira?

Cidades mais justas, humanas e eficientes são construídas com diálogo e participação.

E tudo começa com uma pergunta simples:
👉 E se você pudesse escolher?

Texto de
Cássio Wilborn