REFORMA TRIBUTÁRIA
O QUE MUDA PARA AS CIDADES?
Cássio Wilborn
9/13/20253 min read


Reforma Tributária: O que muda para as cidades?
A Reforma Tributária está entre os temas mais discutidos no Brasil atualmente. Muito se fala sobre os impactos para empresas e consumidores, mas e os municípios? Como essa mudança atinge a realidade das cidades brasileiras?
A resposta pode mudar alguns conceitos sobre gestão de cidades: não basta mais atrair empresas, agora a chave da arrecadação será o consumo local!
Antes da Reforma: a lógica da fábrica e da produção!
Tradicionalmente, muitas cidades buscam atrair indústrias e grandes empresas. Isso faz sentido porque, ao emitir notas fiscais no município, a empresa gera arrecadação direta de impostos para a cidade. Ou seja: quanto mais empresas instaladas, mais recursos entram nos cofres municipais.
Depois da Reforma: a lógica do consumo!
Com a Reforma Tributária, o imposto sobre bens e serviços passa a ser destinado ao local onde ocorre o consumo, e não mais ao local da produção.
Isso muda completamente a estratégia de desenvolvimento das cidades:
Uma indústria instalada no município não garante mais arrecadação se seus produtos forem consumidos em outra região.
O que importa é atrair e reter moradores, visitantes, consumidores e atividades econômicas locais.
O que isso significa na prática?
Agora, não basta oferecer incentivos fiscais para indústrias. Os municípios precisam investir em fatores que mantenham pessoas e famílias em seu território, como por exemplo:
Qualidade de vida (segurança, saúde, educação, lazer, meio ambiente). Aspectos que façam as pessoas se interessarem pela cidade, seja para de fato morar, ou ser um local de visitação;
Infraestrutura urbana (mobilidade, saneamento, conectividade, energia). Esses aspectos, por vezes, passam despercebidos em debates, mas quando estão ausentes, podem afastar novos moradores e possíveis consumidores;
Comércio e serviços locais fortalecidos (que são diretamente responsáveis pelo consumo interno). Além de atrair pessoas, é importante ter produtos diversos para, de fato, converter em consumo dentro do Município.
A arrecadação passa a depender da vitalidade do tecido urbano e da capacidade da cidade de ser atraente para morar, trabalhar e consumir.
O papel dos gestores públicos
Essa mudança exige um olhar mais estratégico da gestão municipal. Prefeitos e equipes precisam repensar seu modelo de desenvolvimento:
Como criar uma cidade mais habitável e atrativa?
Como estimular o comércio local?
Como melhorar a infraestrutura urbana para reter moradores?
Não se trata apenas de atrair empresas, mas de fortalecer a cidade como um todo.
O papel do planejamento urbano
É nesse ponto que entra a importância do planejamento urbano. Como Arquiteto e Urbanista, busco mapear estratégias que alinhem infraestrutura, habitação, mobilidade e serviços, criando condições reais para que as cidades se tornem competitivas e preparadas para essa nova realidade tributária.
Momento de ação!
A Reforma Tributária altera a lógica: De → “cidade fábrica” Para → “cidade de qualidade de vida e consumo”.
Mais do que nunca, será fundamental investir em políticas públicas que atraiam pessoas, não apenas empresas.
💡 Esse é justamente o trabalho que desenvolvo: Procuro entender as mudanças no cenário nacional e construir estratégias que vão além de política para que os municípios se adaptem e prosperem nos novos contextos.
Texto de
Cássio Wilborn


